De: Alexandre Mimbacas Saccol
Deus, atenda meu pedido
E traz meu pai de volta
Vai pro campo decidido
Quando o tempo se revolta
Ele tem pena dos bichos
Assustados das trovoadas
Ouço mugidos e relinchos
Mas dele não ouço nada
Minha mãe ta bem doente
E ele ainda não chegou
É só eu e eles de gente
E ele nunca demorou
Não sei se pego o petiço
E levo a mãe no povoado
Parece até um feitiço
Desses que vem do diabo!
Se eu buscar vô Geremias
Preto velho benzedor
Será que ela agüentaria
O sofrimento e a dor?
Se eu chegar aqui de volta
E meu pai eu encontrar
Abraçado nela morta
Nunca vou me perdoar
Ah! Deus, o que faço agora!
Sei que chorar não adianta
O meu pai nunca demora
E é isso que me espanta
Eu não sei rezar direito
Minha mãe é quem fazia
Me encostava no seu peito
E eu assim adormecia
Ó, que eu estou ouvindo?
Será que é meu pai de volta?!
Parece as patas do pingo
Voltando da sua escolta
Meu Deus, é ele, é ele!
De a galope e a correria
Veio junto à garupa dele
As ervas de vô Geremias
Obrigado Pai do céu
Agora que eu fui entender
Porque se derruba o chapéu
Pra poder Te agradecer
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