segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Bóia Campeira



De: Alexandre Mimbacas Saccol

Fui nos fundos do ranchito

Pra pegar umas iguarias

Pra quem muito aprecia

Uma bóia bem campeira

Tem sempre à sua beira

Tudo aquilo que precisa


Apartei pro lado a macega

Tapeando no manotaço

Foi lambendo o fio do aço

Na braçada de manjerona

Pois das ervas temperonas

A que mais deixa seu traço


Da salsa nunca esqueço

Até pra chá eu utilizo

A cebolinha bem picada

Da o toque qu´eu preciso

Pras bóias que idealizo

Tem que ser bem caprichada


Os temperos não são muitos

Pois o que importa é a mão

Pra mim que saí do galpão

Trago a essência fronteiriça

Arroz, charque e hortaliças

São os sabores deste chão


Me gusta um pouco de vinho

Pra botar em carnes nobres

Pega os temperos e cobre

Depois larga “um argentino”

Fica um baita prato fino

Não há quem me discorde


Se hoje sei fazer bóia

Aprendi na lida rude

Desde a minha juventude

Comendo no meio do gado

Agora que ando parado

Faço aquilo que não pude.

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