Fui nos fundos do ranchito
Pra pegar umas iguarias
Pra quem muito aprecia
Uma bóia bem campeira
Tem sempre à sua beira
Tudo aquilo que precisa
Apartei pro lado a macega
Tapeando no manotaço
Foi lambendo o fio do aço
Na braçada de manjerona
Pois das ervas temperonas
A que mais deixa seu traço
Da salsa nunca esqueço
Até pra chá eu utilizo
A cebolinha bem picada
Da o toque qu´eu preciso
Pras bóias que idealizo
Tem que ser bem caprichada
Os temperos não são muitos
Pois o que importa é a mão
Pra mim que saí do galpão
Trago a essência fronteiriça
Arroz, charque e hortaliças
São os sabores deste chão
Me gusta um pouco de vinho
Pra botar em carnes nobres
Pega os temperos e cobre
Depois larga “um argentino”
Fica um baita prato fino
Não há quem me discorde
Se hoje sei fazer bóia
Aprendi na lida rude
Desde a minha juventude
Comendo no meio do gado
Agora que ando parado
Faço aquilo que não pude.
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